domingo, 31 de janeiro de 2010

31 de Janeiro de 1891



A revolta de 31 de Janeiro de 1891, no Porto,  foi a primeira tentativa de implantação do regime republicano em Portugal.

A revolução fracassou, mas ajudou a fermentar a vontade de mudança.
Foi apenas o ponto de partida para um movimento imparável que culminou com a implantação da República, a 5 de Outubro de 1910.








Gravura publicada na ilustração: revista universal impressa em Paris, em 1891.vol.8

No Dia de S. Valentim celebra-se o Amor , a Amizade, os Afectos...

Neste Carnaval vamos esquecer as tristezas!

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domingo, 24 de janeiro de 2010

Vitorino canta o Hino a Maria da Fonte

Hino à Maria da Fonte, uma mulher das bandas da Póvoa de Lanhoso, que desempenhou um papel activo na revolução que rebentou no Minho, em Maio de 1846, contra o governo de Costa Cabral.

sábado, 23 de janeiro de 2010

Exposição - Maria Veleda

Visite no átrio do Centro Cultural Gonçalves Sapinho, de 19 a 29 JANEIRO, uma exposição sobre Maria Veleda. Este evento integra-se nas comemorações do 1º Centenário da República, e é uma parceria entre o Agrupamento de Escolas da Benedita e o Externato Cooperativo da Benedita. As turmas do 6º ano da EB2 foram visitar a Exposição e aproveitaram para visitar a Biblioteca do Externato, que irão frequentar no próximo ano lectivo.



quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

Exposição de Rafael Bordalo Pinheiro patente na Biblioteca da EB2

No âmbito das Comemorações do 1º Centenário da República, está patente na Biblioteca da EB2 uma exposição sobre Rafael Bordalo Pinheiro , "O cidadão e o artista", iniciativa do Departamento de Ciências Socias e Humanas em parceria com a BE. Convidamos toda a Comunidade Educativa a visitá-la porque vale a pena...







quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

Zé Povinho e Maria Paciência

     Zé Povinho, de calças remendadas e botas rotas, é a eterna vítima dos partidos regenerador e progressista, dando a vitória a uns ou outros em época eleitoral. Usando como expressão corporal o manguito e a mão coçando aflita a grenha farta, foi sem dúvida um trunfo na denúncia duma economia capitalista frouxa nas páginas d'A Lanterna Mágica, berço da genial criação do símbolo do povo português. O sucesso obtido foi tal que Bordalo acabou por recriar no barro, em tinteiros, cinzeiros e apitos, a figura-símbolo do povo português ao lado da inseparável Maria da Paciência, velha alfacinha alcoviteira.

Texto retirado de:
http://www.citi.pt/cultura/artes_plasticas/caricatura/bordalo_pinheiro/ze_povo.html

Centenário da 1ª República - Tema do desfile de Carnaval do Agrupamento

   Este ano  o desfile  de  Carnaval no nosso Agrupamento vai ter como tema, " Comemorando  o 1º Centenário da República". 

As temáticas por anos…
  • Pré - Escolar:
         Príncipes e Princesas

  • 1ºCiclo

    1ºAno: D.Afonso Henriques e D.Urraca

    2ºAno: D.Dinis e Rainha Santa Isabel

    3ºAno: D.João II e D.Leonor

    4ºAno: Zé Povinho e Maria Paciência


2ºCiclo


5ºAno: Militares e Cruzada das Mulheres Portuguesas / Enfermeiras militares

6ºAno: Burguesia ou Povo

 Outras sugestões para o 2º Ciclo:





Quim e Manecas (personagens de uma banda desenhada)



Republicanos com barrete frígio


  •       Esperamos  que sejam momentos inesquecíveis, que perdurem na memória das nossas crianças e os ajudem a compreender um pouco melhor a nossa história...

segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

Ana de Castro Osório





Mangualde 1872-1935



Intelectual, jornalista, ensaísta, conferencista, feminista e republicana, considerada uma das mais notáveis teóricas dos problemas da emancipação das mulheres foi uma dedicada e incansável lutadora pela igualdade de direitos. Fundadora da literatura infantil em Portugal, (o aspecto vulgarmente mais salientado da sua biografia) com Para as Crianças, uma colecção que iniciou em 1897. Nascida em Mangualde, foi residir para Setúbal, onde casou com Paulino de Oliveira tribuno republicano. Desenvolveu uma intensa actividade em prol dos direitos das mulheres. Fundadora da Liga Republicana das Mulheres Portuguesas, do Grupo de Estudos Feministas e da Cruzada das Mulheres Portuguesas. Dirigiu várias publicações destinadas às mulheres e colaborou com inúmeros artigos, na imprensa, numa linha de actuação, comum à maioria das mulheres republicanas, que privilegiou a educação e a formação de uma opinião pública feminista esclarecida. Realizou conferências e comícios. Foi consultora de Afonso Costa, Ministro da Justiça do Governo Provisório, na elaboração da lei do divórcio.

Às Mulheres Portuguesas (1905) é uma colectânea (250ps) de artigos fundamentais, sobre as principais questões femininas que nunca conheceu reedição, onde exorta as mulheres ao “trabalho e ao estudo”, que considera “passo definitivo para a libertação feminina” ,apelando para que as mulheres não façam do amor “o ideal único da existência”. Ser feminista, diz, é “desejá-las criaturas de inteligência e de razão”. Sobre a rapariga portuguesa da época é implacável e irónica: “não tem opiniões para não ser pedante, não lê para não ser doutora e não ver espavoridos os noivos”. Defende a igualdade de salários, “por igual trabalho, igual paga” e afirma que “nada mais justo, nada mais razoável, do que este caminhar seguro, embora lento, do espírito feminino para a sua autonomia”. Em Às mulheres Portuguesas analisa detalhadamente a situação da mulher e o casamento, da mulher casada perante o código civil e perante o trabalho.



in Mulheres nas Letras, Mulheres dos Livros

Maria Veleda

(Professora, feminista, republicana, livre-pensadora e espiritualista )

1871-1955

  Foi uma mulher pioneira na luta pela educação das crianças e os direitos das mulheres e na propaganda dos ideais republicanos, destacando-se como uma das mais importantes dirigentes do primeiro movimento feminista português.


Tendo-se estreado na imprensa algarvia e alentejana com a publicação de poesia, contos e novelas, dedicou-se depois aos temas feministas e educativos. Na linha da escola moderna de Francisco Ferrer, defendia a educação laica e integral, em que se aliassem a teoria e a prática, a liberdade, a criatividade, o espírito crítico e os valores éticos e cívicos. Num tempo em que a literatura infantil quase não existia em Portugal, publicou, em 1902, uma colecção de contos para crianças, intitulada «Cor-de-Rosa» e o opúsculo “Emancipação Feminina”.



Em 1909, por sua iniciativa, a «Liga Republicana das Mulheres Portuguesas» fundou a «Obra Maternal» para acolher e educar crianças abandonadas ou em perigo moral, instituição que se manterá até 1916, graças à solidariedade da sociedade civil e às receitas obtidas em saraus teatrais, cujas peças dramáticas e cómicas Maria Veleda também escrevia e levava à cena. Em 1912, o governo nomeou-a Delegada de Vigilância da Tutoria Central da Infância de Lisboa, instituição destinada a recolher as crianças desamparadas, pedintes ou delinquentes, cargo que ocupou até 1941.


Consciente da situação de desigualdade em que as mulheres viviam, numa sociedade conservadora e pouco aberta à mudança, iniciou, nos primeiros anos do século XX, um dos maiores combates da sua vida: defender a igualdade de direitos jurídicos, cívicos e políticos entre os sexos. Numa época em que as mulheres estavam, por imperativos económicos, sociais e culturais, confinadas à esfera doméstica, criou cursos nocturnos no Centro Republicano Afonso Costa, onde era professora do ensino primário, e nos Centros Republicanos António José de Almeida e Boto Machado, para as ensinar a ler e a escrever e as educar civicamente, preparando-as para o exercício de uma profissão e a participação na vida política.



Entre 1910 e 1915, como dirigente da «Liga Republicana das Mulheres Portuguesas» e das revistas A Mulher e a Criança e A Madrugada, empenhou-se na luta pelo sufrágio feminino, escrevendo, discursando, fazendo petições e chefiando delegações e representações aos órgãos de soberania. Combateu a prostituição, sobretudo, a de menores, e o direito de fiança por abuso sexual de crianças. Fundou o “Grupo das Treze” para combater a superstição, o obscurantismo e o fanatismo religioso que afectava sobretudo as mulheres e as impedia de se libertarem dos preconceitos sociais e da influência clerical que as mantinham submetidas aos dogmas da Igreja e à tutela masculina.



Convertida ao livre-pensamento e iniciada na Maçonaria, em 1907, aderiu também aos ideais da República e tornou-se oradora dos Centros Republicanos, escolas liberais, associações operárias e intelectuais, grémios, círios civis e comícios do Partido Republicano, da Junta Federal do Livre-Pensamento e da Associação Promotora do Registo Civil. Alguns destes discursos e conferências foram publicados no livro A Conquista, prefaciado por António José de Almeida.


O combate à monarquia e ao clericalismo valeu-lhe a condenação por abuso de liberdade de imprensa, em 1909, além das constantes perseguições e ameaças de morte, movidas por alguns sectores católicos e monárquicos mais conservadores.



Depois da implantação da República, por ocasião das incursões monárquicas de Paiva Couceiro, integrou o Grupo Pró-Pátria e percorreu o país em missão de propaganda, discursando em defesa do regime ameaçado. Em 1915, em consonância com o Partido Democrático de Afonso Costa, juntou-se aos conspiradores na preparação do golpe revolucionário que destituíu o governo ditatorial do General Pimenta de Castro e, a seguir, envolveu-se na propaganda a favor da entrada de Portugal na 1ª. Guerra Mundial.



Nesse mesmo ano, saíu da «Liga», filiou-se no Partido Democrático e fundou a «Associação Feminina de Propaganda Democrática», cuja acção terminou em 1916, em nome da “União Sagrada” de todos os portugueses, na defesa dos interesses da Pátria ameaçada.



Desiludida com a actuação dos governos republicanos que não cumpriram as promessas de conceder o voto às mulheres nem souberam orientar a República de modo a estabelecer as verdadeiras Igualdade, Liberdade e Fraternidade e construir uma sociedade mais justa e melhor, abandonou o activismo político e feminista em 1921, após os acontecimentos da “noite sangrenta”. Fez-se jornalista do Século e de A Pátria de Luanda, onde continuou a defender os ideais feministas e republicanos que sempre a nortearam.



Atraída pelos caminhos da espiritualidade e do esoterismo e preocupada com o sentido da existência humana, aderiu ao espiritismo filosófico, científico e experimental. Fundou o «Grupo Espiritualista Luz e Amor» e, em 1925, dinamizou a organização do I Congresso Espírita Português e participou na criação da Federação Espírita Portuguesa. Fundou as Revistas A Asa, O Futuro e A Vanguarda Espírita e colaborou na imprensa espiritualista de todo o país, publicando poesia e artigos de pendor reflexivo e memorialista. Em 1950, publicou as «Memórias de Maria Veleda» no jornal República.


Maria Veleda dedicou a vida aos ideais de justiça, liberdade, igualdade e democracia e empenhou-se na construção de uma sociedade melhor, onde todos pudessem ser felizes. Semeou ideias, iniciou processos de mudança nas práticas sociais e lançou o debate sobre os lugares, os papéis e os poderes de mulheres e homens num mundo novo.


http://www.netsaber.com.br/biografias/ver_biografia_c_3381.html

Mulheres Republicanas - ADELAIDE CABETE (1867-1935)


Em 1900, defendeu a tese “A protecção às Mulheres grávidas pobres, como meio de promover o desenvolvimento físico de novas gerações”, tornando-se a terceira mulher a concluir Medicina no país.



“O Conselho é (...) o defensor de todas as mulheres que sofrem, e pretende a reforma das leis iníquas e desumanas que as mantêm num estado de inferioridade que humilha e revolta”


  ADELAIDE CABETE, SOBRE O CONSELHO NACIONAL DAS MULHERES PORTUGUESAS, A 4 DE MAIO DE 1924, NO DISCURSO DA SESSÃO INAUGURAL DO I CONGRESSO FEMINISTA E DE EDUCAÇÃO - ARNALDO BRAZÃO, IN O PRIMEIRO CONGRESSO FEMINISTA E DE EDUCAÇÃO (RELATÓRIO), LISBOA, EDIÇÕES SPARTACUS, 1925, P. 26.



Não fazia parte de uma elite, como outras mulheres republicanas, oriundas de famílias abastadas e cultas. Tal como Maria Veleda, Adelaide Cabete foi uma excepção. Se aos 33 anos se licenciou em Medicina pela Escola Médico-Cirúrgica de Lisboa, tal ficou a dever-se a um enorme esforço pessoal e ao apoio que recebeu do marido para realizar um sonho: ser uma mulher instruída. Nascida em Elvas, cedo teve de trabalhar numa fábrica de secagem de ameixas e, na infância, nem sequer a instrução primária fez. Os estudos, do primário e secundário, só os pode concretizar a partir do momento em que casou – tinha 18 anos. O marido, o sargento Manuel Ramos Cabete, era um republicano culto que lhe deu essa possibilidade. Ficou-lhe sempre grata e chegou a considerá-lo o maior acontecimento da sua vida.


Na Escola Médico-Cirúrgica de Lisboa, para onde entrou aos 29 anos, teve como professores Miguel Bombarda, Curry Cabral, Ricardo Jorge e Alfredo da Costa, entre outros. Em 1900, defendeu a tese “A protecção às mulheres grávidas pobres, como meio de promover o desenvolvimento físico de novas gerações”, tornando-se a terceira mulher a concluir Medicina no país.

A sua actividade não se limitou ao exercício clínico, como ginecologista, no consultório na Praça dos Restauradores, 13. Lutou pela introdução do ensino da puericultura nas escolas e começou a escrever. Em 1901, o seu primeiro artigo, publicado no Jornal Elvense, tinha como título: “Instrua-se a mulher”. Daí por diante, colaborou com várias revistas (Alma Feminina, Pensamento, Ciência, Educação, Almanaque Democrático, Portugal Feminino) e escreveu para jornais, como A Batalha, O Rebate, A Pátria, República, Tribuna, A Fronteira, Jornal de Elvas, República Social, O Protesto, Diário de Lisboa. Em 1907, foi iniciada na maçonaria e, em 1909, foi co-fundadora da Liga Republicana das Mulheres Portuguesas, onde defendeu a emancipação feminina(...)Presidiu ao Conselho Nacional das Mulheres Portuguesas, e, em 1923, representou o governo português no Congresso Internacional Feminista, realizado em Roma. Morreu em Lisboa em 1935.



FONTE: “DICIONÁRIO NO FEMININO (SÉCULOS XIX-XX)” COORD. ZÍLIA OSÓRIO DE CASTRO E JOÃO ESTEVES

sábado, 9 de janeiro de 2010

segunda-feira, 4 de janeiro de 2010