segunda-feira, 6 de janeiro de 2014

Eusébio o "Pantera Negra"


Pantera Negra

 

(1942-2014)
 
EUSÉBIO

 
“Havia nele a máxima tensão

Como um clássico ordenava a própria força

sabia a contenção e era explosão

havia nele o touro e havia a corsa

Não era só instinto era ciência

magia e teoria já só prática

Havia nele a arte e a inteligência

do puro jogo e sua matemática

Buscava o golo mais que golo:

só palavra

Abstracção.

Ponto no espaço.

Teorema.

Despido do supérfluo rematava

e então não era golo:

era poema”

 
Manuel Alegre (inédito) in Jornal A Bola

 

Biografia
Nome: Eusébio da Silva Ferreira
Data de nascimento: 25 de Janeiro de 1942
Data da morte: 5 de Janeiro de 2014


Internacionalizações: 64 (16 como capitão). Estreia em Outubro de 1961, no Luxemburgo (2-4), último jogo em 1973, em Sófia, com a Bulgária (2-2). Marcou 41 golos, sendo o melhor marcador da Selecção de todos os tempos.

Período de atividade: 1961-1977

Clubes representados: «Os Brasileiros», Sporting de Lourenço Marques, Benfica, Boston Tea Men (Estados Unidos), F.C. Monterrey (Monterrey), Beira Mar, Las Vegas Quicksilvers (Estados Unidos), União de Tomar e New Jersey Americans (Estados Unidos).

Principais títulos: campeão Europeu em 1962 (Benfica); 11 campeonatos nacionais (1960/61, 62/63, 63/64, 64/65, 66/67, 67/68, 68/69, 70/71, 71/72, 72/73 e 74/75) e quatro taças de Portugal (1961/62, 63/64, 68/69 e 71/72) pelo Benfica. «Bola de Ouro» para o melhor jogador europeu, em 1965; Duas «Botas de Ouro» (1967/68 e 72/73) para o melhor marcador europeu. Sete vezes melhor marcador do campeonato nacional. Campeão norte-americano em 1975 (Boston Tea Men), e mexicano, em 1976, (F.C. Monterrey).

Considerado unanimemente como o melhor futebolista português de todos os tempos, Eusébio nasceu em Lourenço Marques (hoje Maputo), em Moçambique.

Começou a jogar futebol numa equipa moçambicana denominada por «Os Brasileiros». Por se chamar assim, os seus jogadores tinham alcunhas correspondentes a jogadores «canarinhos» desse tempo (Garrincha, Didi, etc.). A de Eusébio era, curiosamente, Pelé.


Dois pontos altos da sua carreira foram a vitória na Taça dos Campeões de 1962 (dois golos na final ao Real Madrid, recebendo o testemunho de Puskas e Di Stéfano como melhor jogador europeu do momento) e a campanha do Mundial de 1966, onde foi o melhor marcador e falhou por uma unha negra a presença na final, depois de uma derrota com a Inglaterra que o fez deixar o relvado lavado em lágrimas.

Em 1975 deixou o Benfica e emigrou para os Estados Unidos, país onde os grandes jogadores da altura terminavam as respectivas carreiras. Regressou a Portugal para jogar ainda no Beira-mar e no União de Tomar, que jogava na II Divisão, colocando um ponto final na sua carreira em 1977.

Integrou equipas técnicas que passaram pelo Benfica e era presença habitual nos trabalhos da Seleção, principalmente em fases finais, tendo o estatuto de embaixador, devido à grande notoriedade de que desfrutava em todo o lado.

 

Símbolo maior do Benfica era, até ao aparecimento dos fenómenos Figo e Cristiano Ronaldo, o único representante do futebol português reconhecido em todas as partes do mundo.

 


 

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