sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

Ler e Contar Histórias - in PNL

Ler histórias na sala de aula

As histórias tradicionais

As histórias do quotidiano

A novela histórica

As histórias de aventura e mistério


As histórias tradicionais na sala de aula

Na categoria de histórias tradicionais incluem-se as lendas, as fábulas, os mitos e os contos populares. Todas estas histórias começaram por ser transmitidas oralmente, um dia foram registadas por escrito e, a partir de então, foram rescritas por muitos e variados autores, em prosa e em verso. Suporte cultural, depositárias de conhecimentos, sabedoria, convicções, práticas sociais, juízos de valor, representam também os voos de imaginação de gerações sucessivas.Se resistiram ao tempo e foram recontadas com as adaptações indispensáveis a cada época, foi porque encantam. E se encantam é porque contêm verdades intemporais acerca das características mais profundas do ser humano e das suas contradições. As histórias tradicionais, que as crianças acolhem com agrado, devem ser abordadas o mais cedo possível.

Sugestões de actividades

Embora as histórias tradicionais sejam habitualmente bem acolhidas pelas crianças, o professor deve verificar se a história, lenda, fábula ou mito que desejaria trabalhar com os seus alunos não foi já trabalhada em anos anteriores, pois ouvir contar várias vezes a mesma história pode ser aliciante, mas trabalhar sucessivamente o mesmo enredo torna-se facilmente fastidioso, provoca desinteresse e não estimula o progresso. A partir de certa idade, a maioria dos alunos deseja ser surpreendida, deseja fazer descobertas, aborrece-se ou desmobiliza ao repisar o que já sabe. A maior parte das histórias tradicionais prima pela clareza e pela nitidez da estrutura narrativa bem como pela definição das personagens. Não existindo grandes obstáculos à compreensão, prestam-se à realização na aula de trabalhos do tipo:


  1. treino de reconto oral

  2. treino de reconto escrito

  3. treino de resumo (resumos de várias dimensões)

  4. dramatizações

  5. ilustrações feitas individualmente ou em grupo

Considere-se, no entanto, que muitas histórias tradicionais envolvem mensagens múltiplas e complexas, que têm suscitado por parte de analistas interpretações diversas, por vezes até contraditórias. Mas junto das crianças, as histórias tradicionais valem pelo que contam. Propor a descodificação das mensagens implícitas nas histórias tradicionais a crianças, ou mesmo a pré adolescentes que ainda não têm maturidade para esse tipo de análise, é desaconselhável pois só os fará aborrecer uma história que antes tinham apreciado.


  • As histórias do quotidiano na sala de aula
As histórias de ficção escritas de uma maneira realista e que apresentam situações do quotidiano têm em geral a intenção de sensibilizar para as questões que se colocam no relacionamento entre as pessoas da mesma família, no seio de um grupo de amigos e que, em momentos de crise, desencadeiam sentimentos como perplexidade, susto, medo, ciúme, isolamento, insegurança, etc. Em alguns casos, o autor deixa os dilemas em aberto, noutros casos, tem a preocupação de veicular mensagens positivas. A leitura de histórias deste género no ambiente da sala de aula pode contribuir para que os alunos tomem consciência e analisem problemas do dia a dia que os afectem pessoalmente ou que afectem outras pessoas, apurando a compreensão de si próprios e do mundo que os rodeia. A reflexão suscitada poderá ainda contribuir para que se tornem mais lúcidos e mais tolerantes.No entanto, pode também acontecer que alguns dos alunos estejam a viver situações idênticas e se sintam postos em cheque perante a turma, ou intimamente incomodados por reviver na aula problemas de que estão a tentar alhear-se. Se o professor suspeitar que corre este risco, será preferível escolher, para a aula, outro tipo de leitura. Para que a leitura de histórias do quotidiano tenha efeitos positivos, o professor deve assegurar-se de que:


  • os alunos compreendem e aderem afectivamente ao enredo;

  • se interessam pelas situações vividas pelas personagens;

  • estão interessados em debater as questões que o texto levanta.
As novelas históricas na sala de aula

As novelas históricas destinadas a crianças ou a adolescentes envolvem muita acção e mistério o que torna o enredo apelativo. De uma maneira geral os autores apresentam um quadro bastante nítido sobre ambientes, mentalidades, maneiras de viver de outras épocas pelo que a leitura representa um considerável enriquecimento cultural, promove uma maior abertura de espírito e um alargamento de horizontes.Para que a leitura de novelas históricas seja cativante, o professor deve assegurar-se de que os alunos compreendem os textos e aderem afectivamente às personagens, às situações, à época tratada.Quando o contexto levantar obstáculos à compreensão imediata, o professor deverá dar as informações necessárias para que as dúvidas ou a sensação de estranheza desapareçam.As histórias de aventura e mistérioAs histórias de aventura e mistério obedecem a uma matriz encontrada na primeira metade do século XX e que permanece actual: narrativa ágil, ritmo intenso que se adensa até atingir o clímax, epílogo serenante, personagens principais da idade dos leitores, opositores de características nítidas, descrições sucintas; diálogos frequentes; narrador omnisciente, enigmas para desvendar, pistas que permitem ao leitor antecipar o desfecho, final feliz.Este tipo de histórias tem-se revelado uma peça-chave na aquisição do gosto pela literatura entre as crianças de todo o mundo, em parte devido à cumplicidade que o escritor propõe aos seus leitores, mas também porque suscita sentimentos de pertença a um grupo coeso e bem-sucedido. Além disso, a manutenção do suspense não deixa esmorecer o interesse pelo enredo, e a lógica interna da narrativa torna-a particularmente sedutora para quem se encontra numa etapa crucial do desenvolvimento do raciocínio. É frequente os autores de livros de aventura e mistério não escreverem livros isolados mas colecções, o que permite ao leitor reencontrar os seus heróis, envolver-se afectivamente, sentir o prazer de ler e o desejo de ler mais.O entusiasmo por uma determinada colecção representa, muitas vezes, uma etapa importante na aquisição de bons hábitos que vão assegurar persistência no interesse por livros e amor à leitura para o resto da vida.Embora estas histórias sejam habitualmente bem-sucedidas, é desejável que o professor verifique se os títulos que deseja ler na aula já foram lidos ou trabalhados em anos anteriores, para evitar repetições. Convém também verificar se, de facto, aderem às personagens e ao enredo.

Sugestões de actividades

Têm-se utilizado com sucesso vários tipos de estratégias, para apoiar a leitura e para assegurar melhor compreensão e aprofundamento dos vários tipos de histórias lidas na sala de aula:


  • Leitura por capítulos, seguida de preenchimento de fichas que orientem a compreensão do texto

  • Identificação das personagens principais e secundárias

  • Caracterização física e psicológica das personagens

  • Identificação do(s) contexto(s) em que decorre a acção

  • Caracterização de locais e ambientes em que decorre a acção

  • Identificação dos momentos-chave na sequência narrativa

  • Identificação de etapas nucleares de cada capítulo, para treino de resumo

  • Atribuição de títulos alternativos aos capítulos

  • Elaboração de finais alternativos

  • Identificação da mensagem ou das mensagens que o autor quis veicular.

  • Ilustração das cenas preferidas

  • Dramatização de cenas eleitas

  • Trabalhos multidisciplinares envolvendo outras áreas (História, Expressão Plástica, EVT, Música, etc.)

  • Trabalhos de pesquisa centrados em personagens, ambientes, factos, etc., sugeridos pelo livro.

Contar hitórias na sala de aula

Ouvir histórias – um primeiro passo para dominar a leitura

Ouvir contar histórias na infância leva a interiorização de um mundo de enredos, personagens, situações, problemas e soluções, que proporcionam às crianças um enorme enriquecimento pessoal; e contribui ainda para a formação de estruturas mentais que lhes permitirão compreender melhor e mais rapidamente não só histórias as escritas, mas também os acontecimentos do seu quotidiano.Na época actual a maioria das crianças não tem oportunidade de ouvir histórias no seio familiar. Cabe ao jardim-de-infância e à escola assegurar que lhes não falte essa experiência tão enriquecedora e tão importante para a aprendizagem da leitura.
Um bom contador de histórias tem que saber adaptar-se ao público. Esse ajuste é feito ao vivo, de uma forma rápida e quase imperceptível.
Se a assistência se distrai, há que mudar o relato abreviando o enredo, introduzindo novas peripécias, criando suspense. Se a assistência se mostra fascinada, vale a pena prolongar o efeito e ir adiando o desfecho.
A mesma narrativa terá que apresentar cambiantes conforme a idade das crianças e as características dos vários grupos.

Sugestões de actividades


  • Conte sobretudo histórias que conheça bem e de que goste.

  • Identifique previamente os acontecimentos chave para os apresentar de forma clara e nítida e sugestiva.
  • Conte a história como se estivesse a vê-la desenrolar-se por cenas.

  • Ensaie em casa, ao espelho, ou diante de pessoas que lhe possam dar um feed back.

  • Observe as reacções das crianças enquanto conta a história para poder fazer os ajustes necessários. Pode, por exemplo, aligeirar uma situação se as crianças estão assustadas ou torná-la mais dramática para envolver emocionalmente os ouvintes.

  • Sempre que possível envolva as crianças no relato.

  • Se as crianças exigirem que torne a contar a mesma história, deve considerar que a actividade foi um êxito.

Como envolver as crianças no relato


Pedir às crianças que: repitam frases; façam os gestos adequados para sublinharem a acção; emitam os sons de que a história refere (vento, bater à porta, etc.).


Suscitar antecipações, perguntando: O que é que acham que vai acontecer a seguir?


Suscitar o reconto em grupo, sobretudo com os alunos mais velhos.

Como suscitar o reconto em grupo


  • Um ou dois alunos ajudam o professor.

  • A história vai sendo contada pelos alunos e o professor só interfere quando necessário.

  • Os alunos contam a história em grupos de dois ajudando-se mutuamente.

  • Uma turma conta a história a outra turma

  • Cada aluno escolhe o momento preferido e conta-a em pormenor acrescentando o que quiser.

  • Os alunos são convidados a contar a história muito rapidamente e referindo apenas o essencial. (in PNL)

A MAIOR FLOR DO MUNDO - JOSÉ SARAMAGO

Um vídeo de entre muitos que vale a pena partilhar.

quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

A Era do Ecrã - O mundo Online


Hoje venho aqui partilhar algo que de alguma forma muito me apraz. Lembro-me de no início do Ano Lectivo, ter passado pelos Conselhos de Docentes e pedir aos colegas que criassem os seus próprios Blogues, que partilhassem aquilo que vai acontecendo nas suas escolas. Hoje fico muito contente com o "Universo" de Blogues que já existem no nosso Agrupamento. Parabéns aos "Bloggers", porque ousaram começar e têm feito um trabalho espectacular! Continuemos então a partilhar as nossas actividades online, sejamos ousados, não tenhamos medo de errar, porque afinal todos somos professores excelentes...
Se os vossos blogues ainda não constarem da nossa lista"Vale a pena...", comuniquem!

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

"Amigo, Amigão", de Armindo Reis - para Pensar a Amizade



Um amigo é assim:
Pequenino , crescido, velhinho…
Não importa a idade.

Pode ter o nome de João, António,
Maria, Raquel…
Chama-se simplesmente amigo!

Pode ser alto,
gordinho, magrinho, ter sardas,
ou ter óculos na ponta do nariz!

Pode ser o pai, a mãe,
o irmão, a irmã, o avô, a avó
um colega da escola ou o professor…
Um amigo pode ser de casa ou da rua!

No nosso coração há um balão!
Um amigo sopra, sopra
e ele depressa fica cheio!

É aquele para quem nós corremos
quando guardamos alguma alegria.
E essa alegria cresce ainda mais…

O amigo é aquele que vê
Quando nós estamos tristes,
caídos no chão e ele, como se fosse
um balão cheio de gás
nos puxa , e nos faz elevar no ar.

Quando uma lágrima
nos rola pela face,
um amigo,
como se fosse um passarinho,
voa rápido, bebe essa gotinha
e ela nem chega a cair no chão.

Quando a vida não nos corre bem, um amigo
ajuda-nos a resolver problemas.

Às vezes não está de acordo
connosco e zanga-se.
Mas ,no dia seguinte o amigo já esqueceu!

Um amigo
dá-nos muita energia.
A nossa corda fica cada vez mais forte,
mais forte e não rebenta.

É aquele a quem nós contamos os nossos segredos.
Estes ficam guardados, bem fechados numa caixinha
E nunca deixam de ser segredos.

Um amigo é uma pessoa importante e muito grande.
Tão grande que nós, às vezes, ficamos horas a admirar o seu tamanho!...

Por vezes , a nossa porta fecha-se ,
mas um amigo sente sempre o que está lá dentro!

É aquela pessoa que tem a chave do nosso cofre
e só ela o sabe abrir…

Quem é nosso amigo, gosta muito de nós.
Nunca deixes que ele fuja!

A amizade é um dos maiores presentes que a vida nos dá…

terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

“Para sempre era uma vez, o Amor de Pedro e Inês”

Comovente. É este o adjectivo que encontrámos para descrever o que aconteceu no dia 13 de Fevereiro, na EB2 da Benedita.
Neste dia, fechámos com chave de ouro a “Semana da Amizade e do Coração” que se comemorou nos JI e nas escolas do 1º CEB/BE’s e na Biblioteca da EB2, em estreita articulação com a Academia de Música de Alcobaça.
Iniciamos esta actividade com dois poemas , declamados pela professora Regina , Coordenadora da BE da EB2, “D. Pedro” e “Pedro e Inês” acompanhados pelo contrabaixo do professor Pedro Campos, da Academia de Música de Alcobaça.
O grupo de Teatro e Dança do CEERIA presenteou-nos com a peça de teatro “Para sempre era uma vez o amor de Pedro e Inês”, uma história de amor sobejamente por nós conhecida, mas que desta vez teve um toque muito especial. A representação de todas as personagens foi tão emotivamente vivenciada que transmitiu ao público uma força de vida enorme. Este grupo de jovens, com NEES, provou a todos nós que há barreiras possíveis de transpor
quando há força de vontade e os afectos assim o proporcionem. Neste dia, sentimos que as nossas pequenas dificuldades do dia-a-dia são apenas pormenores face à força e vitalidade emanada por aquele grupo.
O público, as turmas 5ºE, 5ºF, 5ºG e 5ºH e vários professores também esteve de parabéns pois soube estar e valorizar o espectáculo a que assistiam. A todos o nosso Muito Obrigada!






Amizade...Sempre!




Nesta semana, contaram-se histórias, cantaram-se
canções à volta da Amizade, em articulação com as aulas de música, do enriquecimento curricular, com a colaboração dos Docentes e da Dra Dalila, da Academia de Música. Reflectimos em conjunto sobre as qualidades dos nossos amigos, aquilo que nos torna diferentes e únicos e tão importantes! Falamos da importância de "cuidar das nossas Amizades"...Esta semana, vai estender-se pelo mês de Março, até à Primavera!...

1.Se tu és meu amigo, bate palmas
Se tu és meu amigo, bate palmas.
Se tu és meu amigo, prova lá que o és;
Se tu és meu amigo, bate palmas.

2.Se tu és meu amigo, estala os dedos;
Se tu és meu amigo, estala os dedos.
Se tu és meu amigo, prova lá que o és;
Se tu és meu amigo, estala os dedos.

3.Se tu és meu amigo, diz OK;
Se tu és meu amigo, diz OK.
Se tu és meu amigo, prova lá que o és;
Se tu és meu amigo, diz OK.

domingo, 8 de fevereiro de 2009

Semana da Amizade



A semana de 9 a 13 de Fevereiro, vai ser uma semana dedicada aos afectos. No 1º CEB, as crianças já aprenderam na música, canções relacionadas com o tema.
A educadora Lurdes e a professora Natália, passarão por todas os JI e EB1 durante o mês de Fevereiro e Março com histórias alusivas ao tema “Amizade”. Claro que este é um tema que abordamos diariamente com as nossas crianças, mas que nunca é demais relembrar…
No 2º CEB, na segunda - feira, a professora Regina irá contar a história , “ Uma espécie de Olimpíadas de Namorados”.
Falar do “coração” e "tocar o coração" de cada um, também fará parte dos nossos objectivos.
No dia 13, teremos na EB2 o grupo de Teatro do CEERIA, com a peça “ Era uma vez o amor de Pedro e Inês”.